Heleny Ferreira foi estudante de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP), e especializou-se em cultura grega e dramaturgia. Em 1962, ela se casou com Ulisses Teles, com o qual teve dois filhos, Francisco e João Vicente. Em 1965 recebeu uma bolsa de estudos do Consulado da França e morou na Europa com o marido e seus filhos até 1967.
Com seu retorno e repertório adquirido tanto em seus estudos na França quanto no Brasil, Heleny foi contratada pela Prefeitura de Santo André para trabalhar como diretora de teatro em várias escolas da região. Promoveu atividades culturais desde o jardim de infância até o ginásio. Dirigiu e montou peças teatrais até 1968, ano da implementação do AI-5 (Ato Institucional n° 5), que acabou por completo com seu trabalho nas escolas e seu contrato na prefeitura.
Neste cenário, Heleny e seu marido começaram a militar na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) em 1969. No final do mesmo ano se separaram e Heleny continuou atuando na militância política.
Em uma manifestação articulada pela oposição em 1971, Heleny foi presa por agentes do DOI-CODI/RJ no dia 12 de julho. Na prisão, foi torturada até a morte. Pesquisas realizadas pela Comissão Nacional da Verdade (CNV) identificaram documento produzido pelo Serviço Nacional de Informações (SNI) no qual consta uma lista de nomes de militantes e suas possíveis datas de morte. Nela, o nome de Heleny Ferreira é associado à data de 24 de julho de 1971.
A foto de Heleny Ferreira é dos arquivos da Comissão Nacional da Verdade.