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Quando não se sabe como responder às demandas sociais

Como muitos devem ter lido ou tomado conhecimento por comentários, um “jornalista” de um blog ligado ao secretário municipal de Educação de Salvador, Bacelar, que não tem nenhum apreço por mim, pois participei da luta dos professores municipais contra a compra por R$ 15 milhões de um pacote educacional sem licitação chamado Alfa e Beto, lançado pelo falecido ACM em 2003 como o programa nacional de alfabetização do PFL (hoje DEM). Por conta desse movimento, o Ministério Público mandou cancelar a compra desse pacote e a devolução dos R$ 15 milhões. O Bacelar deve ter ficado muito chateado com isso!

A direita reacionária utilizar meios sórdidos para atacar e tentar destruir seus opositores é uma prática comum. No passado mandavam prender, torturar e matar. Depois passaram a fabricar dossiê, lançar notas difamatórias, alimentar a imprensa e jornalistas que se vendem para atacar a vida pessoal de quem querem destruir.

Portanto, tudo isso é normal.

O que é surpreendente é quando quem se diz de esquerda passa a utilizar o mesmo método!

Quem luta sempre ganha: professores de Salvador derrotam o Alfa e Beto!

Não são poucas as lutas sindicais ou populares que terminam com os trabalhadores se sentindo derrotados por não conseguirem suas principais reivindicações. Muitas vezes até mesmo quando se conseguem conquistas parciais em uma greve parte dos militantes critica a direção do movimento por considerar que era possível avançar e obter melhores conquistas.

Eu sou um dos que se colocam ao lado do que nos ensina o professor Antônio Cândido, ao dizer que todas as conquistas sociais obtidas pelos trabalhadores, desde a época em que os operários eram mandados ao trabalho sob chicotada na Inglaterra, só foram conquistadas pela luta dos trabalhadores que lutavam por uma nova sociedade, que fosse capaz de derrotar a exploração e a opressão do capitalismo. O problema é quando os próprios trabalhadores deixam de reconhecer que foram eles próprios que conquistaram com luta os direitos hoje existentes, como, por exemplo, quando um operário diz que o 1º de Maio é o dia do trabalho e não do trabalhador.

E qual o motivo que me levou a escrever sobre isso?