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Sindicato dos Jornalistas lança livro sobre Alexandre Vannucchi Leme

O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo promove hoje um ato de lançamento do livro Eu só disse meu nome, que narra a história de Alexandre Vannucchi Leme, estudante torturado e morto pela ditadura militar em 1973. A repercussão de sua morte e a tentativa dos militares de acobertá-la acabou por se transformar na primeira grande manifestação de repúdio à ditadura desde o Ato Institucional nº 5, em 1968.

O jornalista e escritor Camilo Vannuchi, autor do livro, e o diretor da Oboré, Sérgio Gomes, participarão de um bate-papo no lançamento, que começará às 19 horas, na sede do sindicato, na rua Rego Freitas, 530 – sobreloja, próximo ao Metrô República, no centro de São Paulo.

Cláudio Soares vai fazer muita falta

O jornalista e militante Cláudio Soares

É com muita tristeza que recebemos a notícia da morte do companheiro Cláudio Soares, diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo. Militante de uma vida inteira por um mundo sem exploração e sem opressão, Cláudio era uma pessoa afável, que sempre se destacou pela paciência, pela generosidade e por uma enorme capacidade de trabalho. No ano passado, ele doou ao Cemap seu acervo de jornais, artigos, panfletos e outros documentos reunidos ao longo de seus muitos anos de militância.

Portal reúne gravações de julgamentos de presos políticos

O Instituto Fernando Tristão Fernandes lançou nesta sexta-feira o portal “Voz Humana – os arquivos sonoros de presos políticos”, que reúne mais de 10 mil horas de gravações de julgamentos de presos políticos no Superior Tribunal Militar (STM) entre 1975 e 1979, durante a ditadura. O lançamento foi feito no seminário “Ditadura nunca mais, democracia sempre!”, promovido pela Comissão de Justiça de Transição e Memória da Ordem dos Advogados do Rio de Janeiro (OAB-RJ).

Apagando a história: acervo Marighella ameaçado

Como já virou rotina no governo Bolsonaro, o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, usou as redes sociais para anunciar mais uma das decisões absurdas que marcam sua gestão. Ele escreveu no Twitter que o acervo de Carlos Marighella é “imprestável” e será “excluído” da fundação.

Camargo chamou Marighella de “terrorista comunista” e afirmou que seus textos deviam ser banidos. “A esquerda precisa parar de empurrar estas tranqueiras comunistas para cima dos pretos. Não queremos, muito menos precisamos, de lixo marxista!”, escreveu. O jornalista e escritor Fernando Morais se dispôs a acolher o acervo.

Meu amigo Alípio Freire

Tatiana Merlino

Um “revolucionário de veludo”. Foi assim que um amigo definiu Luiz Eduardo Merlino, meu tio, jornalista e militante que não pude conhecer porque foi morto em 1971, aos 23 anos, em decorrência das torturas comandadas por Carlos Alberto Brilhante Ustra durante a ditadura civil-militar. Pego emprestada a expressão “revolucionário de veludo”, no entanto, para descrever Alípio Freire, meu amigo que morreu na quinta-feira passada, 22 de abril, de covid-19.

Dia Internacional da Mulher

O Dia Internacional da Mulher não é uma iniciativa da ONU para homenagear as mulheres. Não é uma ode à feminilidade e às virtudes dessa metade da humanidade. Não é uma invenção do comércio para aumentar as vendas de batom e flores. O Dia Internacional da Mulher é uma jornada de luta, criado pelas trabalhadoras para reafirmar a batalha pelas conquistas de seus direitos.

Feliz Dia Internacional das Mulheres!

Morre Vera Pedrosa, escritora da geração mimeógrafo

Vera Pedrosa

Faleceu na quarta-feira, dia 3, no Rio de Janeiro, a poeta Vera Pedrosa aos 85 anos. Atuante no movimento da poesia marginal, na década de 1970, Vera destacou-se através de sua escrita, publicando livros como Poemas (1964), Perspectivas Naturais (1978), De Onde Voltamos o Rio Desce (1979) e outros.

Na época de suas primeiras publicações, o Brasil se encontrava em pleno regime militar. Após movimentos artísticos como o Tropicália, poetas e escritos criaram a geração mimeógrafo, juntando além de escritores, artistas e professores, o movimento se tornou a nova forma de propagação da cultura, substituindo meios tradicionais de circulação de arte e informação, por meios alternativos influenciados pela contracultura.