Em 1968, duas greves de metalúrgicos puseram pela primeira vez em xeque a mordaça imposta pela ditadura militar. Mesmo reprimidas, as greves de Contagem e Osasco foram um marco na história do movimento operário brasileiro, ao introduzir um modelo de organização dos sindicatos pela base e defender a autonomia sindical frente ao Estado. A decretação do AI-5 provocou um longo intervalo de submissão dos sindicatos, mas não apagou suas lições; dez anos depois, elas foram a base da oposição sindical que emergiu em todo o país.