No dia 5, o prefeito Haddad e o governador Alckmin decretaram mais um aumento das tarifas do transporte público. Na sexta-feira, dia 9, cerca de 30 mil pessoas foram às ruas do centro de São Paulo protestar, no 1º Grande Ato Contra a Tarifa, deixando clara a indignação da população com mais esse aumento. A marcha foi reprimida violentamente pela Polícia Militar, que atacou os manifestantes com tiros, bombas e prisões. Os governos deixam sua resposta à justa reivindicação popular: longe de discutir a revogação dos aumentos que decretaram, Alckmin e Haddad respondem com violência.
Deslocar-se pela cidade, algo pelo qual não deveríamos ter que pagar, passou a custar R$ 3,50 para quem toma ônibus e R$ 5,45 para quem usa metrô e ônibus, vai para R$ 5,45. Nas linhas da EMTU, o aumento de 16% levou a tarifas estratosféricas. Cada vez que a tarifa sobe, aumenta o número de pessoas excluídas do transporte coletivo. Com menos gente circulando, novos aumentos serão necessários, numa espiral que diminui cada vez mais o direito da população à sua cidade. Entre nós e a cidade (que nós mesmos fazemos funcionar!) existe uma catraca que cobra cada vez mais caro.
Mas a repressão não intimidará a população! Na sexta-feira, dia 16, na Praça dos Ciclistas (Av. Paulista), voltaremos a tomar as ruas do centro no 2° GRANDE ATO CONTRA A TARIFA! Enquanto isso, ao longo da semana, chamamos uma série de atividades nas diferentes regiões da cidade para discutir e organizar a continuidade do movimento.
O passe livre estudantil anunciado pela prefeitura é uma conquista da luta do povo, que foi às ruas em 2013. Mas não é Tarifa Zero! A medida ainda está longe do que é fundamental: enquanto o transporte continuar sendo tratado como mercadoria e enquanto houver tarifa e aumentos, haverá luta da população, se organizando e resistindo em cada canto da cidade!
Veja o vídeo do 1º Grande Ato Contra a Tarifa em São Paulo, produzido pelo coletivo de cobertura (ADVP/CMI-SP, Comboio/MPL-SP, Mães de Maio/Passa Palavra):