Hoje, como ontem, os fascistas tentam ocupar os espaços públicos para transformá-los em seu oposto: espaços de opressão, autoritarismo e barbárie. Eles tentaram, em outubro de 1934, ao convocarem uma manifestação na Praça da Sé, para consolidar a formação do partido nazista no Brasil (chamado de integralista), como conta Fúlvio Abramo em entrevista dada ao jornalista José Arbex Jr. em outubro de 1984. Os fascistas foram então derrotados. E hoje serão novamente, pela força da juventude, dos trabalhadores e de todos os setores que se identificam com a democracia, incluindo as vibrantes torcidas que saem às ruas contra o governo Bolsonaro.
Categoria: política
Uma ideia modesta, contrapor-se a um comício da direita na campanha eleitoral em Bolonha, em pouco mais de um mês virou uma avalanche Itália afora e já ganhou espaço até em outros países. O Movimento das Sardinhas se reivindica antifascista, não se vincula a nenhum partido e pretende se opor aos métodos e à “retórica populista” e agressiva da direita. “Sem insultos, sem símbolos, sem partidos”, resume o cientista político Mattia Santoni, um de seus criadores.
Mas de onde vem o nome do movimento?
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) voltou a mostrar seu desprezo pela democracia e pelo direito de liberdade de expressão, ao sugerir em entrevista um novo AI-5, como resposta “se a esquerda radicalizar”. O filho do presidente Bolsonaro fez a sugestão infeliz de usar um instrumento da ditadura que fechou o Congresso e permitiu prisões de adversários políticos, mortes, tortura e desaparecimentos ao falar sobre os massivos protestos no Chile por reformas econômicas que acabem com a tremenda desigualdade e o empobrecimento da população. Cemap-Interludium se une à onda de protestos que seus comentários provocaram, e assina a nota pública AI-5 Nunca Mais! do grupo Pacto pela Democracia.
A greve geral contra a reforma da Previdência e os cortes na educação deve parar hoje todas as capitais e boa parte das grandes e médias cidades do país. Em assembleias realizadas durante os últimos dias, várias categorias de trabalhadores e estudantes em todo o país decidiram aderir à paralisação convocada conjuntamente pelas centrais sindicais e movimentos populares, como as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Além de panfletagens e piquetes em portas de fábrica e locais de trabalho, mais de 200 cidades têm manifestações, passeatas e atividades marcadas.
Ativistas ocupam o prédio já faz mais de um mês, com autorização do governo venezuelano, para impedir que os EUA o entreguem ao representante de Juan Guaidó. Desde 24 de abril, quando os diplomatas venezuelanos foram embora, o coletivo enfrenta o assédio de grupos pró-Guaidó acampados na frente da embaixada, e das autoridades americanas, que impedem a entrada de alimentos e bebidas e na semana passada cortaram o fornecimento de luz e água. Na segunda-feira, a polícia tentou despejar os ocupantes com uma “ordem judicial” sem assinatura. Leia o artigo de Medea Benjamin e Ann Wright, duas das líderes do movimento.
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo disponibiliza em seu site uma cartilha para orientar os profissionais que enfrentam situações de violência e intimidação policial ao cobrirem manifestações e protestos de rua. Embora o guia seja voltado para jornalistas, muitas de suas sugestões são válidas para qualquer pessoa que vá a uma manifestação e se depare com as já rotineiras ações truculentas da polícia. Veja a versão para impressão.