O livro A revolta de 1936-1939 na Palestina, de Ghassan Kanafani, será o tema dos próximos encontros do Grupo de Leitura, em três quartas-feiras a partir do dia 20, sempre às 19 horas. A análise detalhada de Kanafani lança luz sobre um dos momentos mais importantes da luta do povo palestino e é fundamental para todas e todos que queiram compreender a questão palestina.
Com mediação de Rawa Alsagheer, ativista política e coordenadora da Rede Samidoun de Solidariedade aos Prisioneiros Palestinos, os encontros serão virtuais, via zoom, das 19 horas às 20h30 (horário de Brasília). É preciso se inscrever para participar, o que pode ser feito neste link. O convite é aberto a todos os interessados. Não percam!
Pela agenda prevista, a leitura e discussão será dividida por capítulos:
- No dia 20, Apresentação e Introdução
- No dia 27, Antecedentes: os trabalhadores, os camponeses, os intelectuais
- E no dia 4 de dezembro, A revolta
É possível adquirir A revolta de 1936-1939 na Palestina nos sites da Editora Sundermann e da Editora Expressão Popular. Para quem tiver dificuldade em conseguir o livro, o Grupo de Leitura orienta a entrar em contato pelo e-mail clarec.cam.edu@gmail.com para solicitar o empréstimo de um exemplar.
A jornada de reflexões e diálogos terá convidados, ainda não confirmados. Além de Rawa, atuarão como facilitadores Alexandre Da Trindade, Marco Túlio, Nina Lys, Jáfia Naftali Câmara e Aiuni Ogawa. O Grupo de Leitura é apoiado por Cambridge Latin American Research in Education Collective, Centre for Lebanese Studies (CLS), Universidade Emancipa, Samidoun Palestinian Prisoner Solidarity Network e Al Janiah.
Quem foi Ghassan Kanafani, um brevíssimo resumo
Nascido em 1936 em Acre (Akka), na época do Mandato Britânico da Palestina, Kanafani começou a viver a dura experiência do exílio ao 12 anos, com a família, quando a região foi tomada por Israel, e passou a juventude vivendo entre o Líbano e a Síria. Formado em literatura na Universidade de Damasco, tornou-se professor de artes de crianças palestinas refugiadas. Vítima de perseguição política, transferiu-se para o Kuwait, onde trabalhou como professor entre 1955 e 1960. Aos 24 anos, voltou para Beirute. Lá, aprofundou seus estudos marxistas e a militância, tornou membro da Frente Popular para a Libertação da Palestina e editava sua revista semanal. Foi assassinado em Beirute em 1972, aos 36 anos, em um atentado à bomba assumido pelo Mossad. Ao longo de sua breve, mas intensa vida, escreveu 18 livros e diversos artigos sobre a luta de seu povo.