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A nossa aposentadoria e a deles

Os jornais sempre divulgam com grande alarde o crescimento porcentual do já famoso déficit da previdência social, que no ano de 2011 foi de R$ 36 bilhões e no ano de 2012, pasmem, deve chegar a R$ 38 bilhões. Ou seja, entre o que é arrecadado e o que é pago falta esse valor.

Um escândalo!!!

Ao mesmo tempo, nesta semana o Estadão publica, em editorial intitulado Adeus à meta fiscal de 2012 (edição de 07/11/12), que “o governo desistiu , como se previa, de alcançar o superávit primário de R$ 139,8 bilhões estimados para o setor público em 2012 (…) O superávit primário é a economia destinada ao pagamento de juros e, quando possível, à amortização da dívida pública. É um componente essencial do tripé adotado a partir do fim dos anos 90 como base da política econômica”.

O que salta aos olhos é em primeiro lugar a diferença de apenas uns R$ 100 bilhões entre o que o governo vai gastar com a aposentadoria de milhões e o que o governo pagará para sustentar as aplicações financeiras de uma minoria parasitária que sempre usufruiu da e enriqueceu com a ciranda financeira brasileira. Ressalte-se que no caso dos juros da dívida nada é arrecadado, só há desembolso.

Mas isso não escandaliza!!!

Give peace a chance!

Bandeira da União Europeia em Madri.

Lembrar John Lennon é inevitável quando se toma conhecimento da notícia que a União Europeia (UE) acaba de ser premiada com o Nobel da Paz.

A primeira vista, a justificativa parece até plausível, na medida em que leva em conta os esforços dos 27 países membros em se unificar e superar os conflitos que levaram a duas guerras mundiais disputadas em território europeu.
Claro que a paz é um objetivo, porém, o que se deve perguntar aos premiadores do Nobel da Paz é se o que se vê hoje em território europeu pode ser chamado de paz.

Pragmatismo econômico, miopia política

Há cerca de dois anos as principais lideranças políticas europeias se comprometiam com uma estratégia econômica, para enfrentar os impactos da crise “americana”, baseadas na ideia de que a austeridade fiscal e a depreciação interna de salários resolveriam os problemas dos Estados nacionais endividados.

Tal formulação – defendida por Merkel, secundada por Sarkozy – se fundamenta na convicção de que a crise ganhou terreno e profundidade em função da atuação irresponsável dos governos do sul da Europa, pela recusa obstinada destes em aceitar sua existência (Zapatero e Berlusconi) combinada com a aceleração do processo de comprometimento de parte dos orçamentos nacionais em iniciativas de redução dos impactos sociais da crise (seguro-desemprego; ampliação das ações da rede de proteção social para com os segmentos mais fragilizados; subsídios à atividade industrial e de serviços).

O exemplo grego – a voracidade do capital ataca os Estados

Não é mistério para ninguém que, embora as empresas reclamem da alta carga tributária, todo e qualquer imposto tem origem no cidadão. Os tributos pagos pelas empresas estão embutidos no preço dos produtos e serviços. só sendo devidos quando efetivado o consumo. Há uma classificação básica que pode dar conta de grande parte dos tributos existentes no Brasil: os gerados pela produção/circulação de produtos, os decorrentes da prestação de serviços, os impostos sobre a renda e as contribuições sociais. Em todos os casos, o imposto pode ser considerado como uma parte da mais-valia que não fica na mão do empresário.