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Give peace a chance!

Bandeira da União Europeia em Madri.

Lembrar John Lennon é inevitável quando se toma conhecimento da notícia que a União Europeia (UE) acaba de ser premiada com o Nobel da Paz.

A primeira vista, a justificativa parece até plausível, na medida em que leva em conta os esforços dos 27 países membros em se unificar e superar os conflitos que levaram a duas guerras mundiais disputadas em território europeu.
Claro que a paz é um objetivo, porém, o que se deve perguntar aos premiadores do Nobel da Paz é se o que se vê hoje em território europeu pode ser chamado de paz.

Há paz para os 25% de espanhóis e gregos que não têm emprego?

Há paz para os portugueses e irlandeses que já começam a passar fome?

Há paz para os aposentados bem idosos de vários países que se viram da noite para o dia sem o rendimento que lhes garantia uma terceira idade digna?

Evidentemente não. Mas as perguntas não param por aí.

Bandeira da União Europeia, arte

Sempre que uma premiação é feita, alguém será o agraciado, ou seja, alguém irá receber. Nesse caso, quem será? O presidente em exercício, o português Barroso, ou será mesmo a verdadeira líder da atual desgraça europeia, a alemã Merkel?

Se no pós-guerra a aspiração a uma convivência pacífica teve todo o sentido, o momento atual pacificamente unificado tem tido a mesma consequência devastadora para a vida das pessoas, com um verdadeiro bombardeio às suas condições de vida.

Não é à toa que Merkel e Barroso dão entrevistas se considerando os premiados e, por outro lado, contando com isso para aliviar um pouco do rastro de destruição que estão deixando sobre o solo europeu.

Publicado em:política

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2 Comentários

  1. Adair de Souza

    O nobel da paz não entende que a paz verdadeira, não é guerra entre os povos, mas a luta de classes. (Capital e trabalho).

  2. Emmanuel

    Caros,
    estava agora à noite (13.10) numa manifestação por do direitos de refugiados e estrangeiros sem visto. Foi puramente por acaso… O fato é que fiquei impressionado porque havia bastante gente, algo raro aqui na Alemanha. Quando me juntei, já no final, em frente ao portão de Brandenburg, acho que havia mais ou menos umas 1.500 pessoas. Acho que a adesão se deve em boa parte a esse cínico prêmio nobel…
    Há um video e fotos neste blog http://bglbb.blogsport.de.
    Abraços,
    Emmanuel Nakamura.

    PS: Recomendo um documentário “Revision”.

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