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Morre Vera Pedrosa, escritora da geração mimeógrafo

Vera Pedrosa

Faleceu na quarta-feira, dia 3, no Rio de Janeiro, a poeta Vera Pedrosa aos 85 anos. Atuante no movimento da poesia marginal, na década de 1970, Vera destacou-se através de sua escrita, publicando livros como Poemas (1964), Perspectivas Naturais (1978), De Onde Voltamos o Rio Desce (1979) e outros.

Na época de suas primeiras publicações, o Brasil se encontrava em pleno regime militar. Após movimentos artísticos como o Tropicália, poetas e escritos criaram a geração mimeógrafo, juntando além de escritores, artistas e professores, o movimento se tornou a nova forma de propagação da cultura, substituindo meios tradicionais de circulação de arte e informação, por meios alternativos influenciados pela contracultura.

Uma faísca chamada Libelu e lembranças de um anarquista

Antônio José Lopes Bigode

A LUTA pela LIBERDADE, que acabou com o atraso, o autoritarismo e a repressão nos legou a DEMOCRACIA que está em risco.

Os anos 1970 (segunda metade) não eram do tipo “anos de chumbo” como foi o período após o AI-5, de 1968, mas nunca foram uma “ditabranda” segundo os donos da FSP. A DITADURA continuava matando: em 1973 “atropelou” Alexandre Vanucchi Leme, em 1975 e 1976 suicidou o jornalista Vladimir Herzog e o operário Manuel Fiel Filho, em 1979 matou o operário Santo Dias, sem falar dos sindicalistas do campo, lideranças indígenas, padres progressistas, pretos e pobres, também mortos, mas longe das manchetes dos jornais.

Em outras palavras, se não foram anos tão duros como os da “era Médici”, os anos Geisel só se diferenciaram de seu antecessor pela escala, isto porque os porões da ditadura se mantiveram ativos e os meganhas, além de não quererem perder a boquinha, não entendiam esta coisa de “abertura”.

‘Libelu – Abaixo a ditadura’ estreia dia 30

Encontro da Libelu na USP

O documentário Libelu – Abaixo a ditadura, do diretor Diógenes Muniz, estreia dia 30 no festival É Tudo Verdade 2020. Reformatado para o ambiente virtual por causa da pandemia, na sua 25ª edição o maior festival de documentários da América Latina vai exibir seus filmes pela internet, no seu canal na plataforma Looke.

Libelu – Abaixo a ditadura será exibido em duas sessões: no dia 30 de setembro, às 21 horas, e em 1º de outubro, às 15 horas.

Podcast Persigo São Paulo: A batalha da praça da Sé

O podcast lançado pela página Persigo São Paulo, no Spotify, com locução e direção de Gabriela  Lancellotti,  visa abordar a história da cidade de São Paulo que não é descrita de forma clara por quase nenhuma mídia hegemônica. Como ela mesma apresenta na descrição de seu programa: “São Paulo é difícil de entender. Mas isso não significa que ela não tenha coisas incríveis para contar. Bem vindos ao Persigo São Paulo, um podcast que vai olhar um pouco mais de perto para as histórias que a cidade não te mostra todo dia.”

Por justiça, liberdade e terra

A história do líder camponês João Pedro Teixeira

João Pedro Teixeira

A estrutura fundiária brasileira é fruto desde 1500 da colonização da Coroa Portuguesa no Brasil. Todavia, sua consolidação se deu nos anos após a implementação da Lei de Terras, em 1850, onde o poder das oligarquias rurais reinava. Por volta deste período, percebemos a intenção dos grandes proprietários de terra que é, puramente, produzir para o capitalismo. Neste contexto vive-se uma situação delicada em que os pequenos proprietários de terra são expropriados de seu espaço; local que compreende não apenas seu sustento, mas também sua vida.

Sem forças para lutar contra as oligarquias rurais, sua única opção é tornarem-se trabalhadores daquela terra ou migrarem para a cidade em busca de outras oportunidades. Já aqueles que resistem e decidem lutar contra a estrutura agrária ainda são reprimidos com violência, como é o caso de João Pedro Teixeira, assassinado por fazendeiros em 1962 na cidade de Sapé (PB).

Debate: 120 anos de Mário Pedrosa

Mário Pedrosa 1959

Cemap-Interludium e o Centro de Documentação e Memória (Cedem) da Unesp promovem no dia 20 de agosto uma conversa online sobre o legado de Mário Pedrosa (1900-1981), como parte das atividades previstas no projeto “Mário Pedrosa 120 anos”, que Cemap-Interludium desenvolve e é patrocinado pelo PROAC-SP. O debate “120 anos de Mário Pedrosa: um militante entre a arte e a política” começará às 16 horas e terá transmissão ao vivo pela página do Cedem no Facebook.

Cinemateca Brasileira pede socorro

Protesto na cinemateca brasileira

Desde o começo da pandemia da covid-19 em território brasileiro, a Cinemateca Brasileira parou de receber recursos do governo. A partir de abril, os salários dos poucos funcionários que restam foram congelados e a instituição enfrenta dificuldades até para pagar as contas de luz e água. Técnicos e especialistas da área foram demitidos e as atividades foram reduzidas drasticamente. Entre outras coisas, isso se refletiu na subutilização dos equipamentos de ponta, fruto de importantes investimentos, que correm o risco de sucateamento.