Com debates na Associação dos Professores da PUC (Apropuc) e na Universidade de São Paulo, a Editora Caros Amigos lançou A Grande Crise Rastejante, primeiro livro de Vito Letizia, em parceria com o coletivo Interludium – reflexões anticapitalistas. A edição reúne artigos que Vito escreveu ao longo dos últimos anos sobre várias questões políticas relevantes, que passam pela crise financeira mundial, a destruição da Amazônia e as origens do que é a China hoje.
O trecho escolhido pelos editores para a contracapa ilustra bem a lucidez de Vito: “Atualmente vive-se um surto de religiosidade capitalista, dividida em duas grandes correntes. A mais importante entoa salmos a um estranho livre mercado regulado, onde há empresas privadas de serviços públicos e instituições financeiras que exercem poderes de Estado impondo taxas e encargos arbitrários e onde há lucros pré-determinados por agências reguladoras tidas como portadoras de uma justiça sobrenatural. A outra corrente, bem menor, prostra-se ante um intervencionismo estatal mais ou menos miraculoso, tido como capaz de desenvolver a economia indefinidamente, além dos limites de qualquer modo de produção imaginável. Aparentemente, as duas religiões vivem em estado de hostilidade, porém, no fundo, se complementam.”