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A Frente Única Antifascista e os 91 anos da Batalha da Sé

Recorte do cartaz de convite para o ato comemorativo dos 91 anos da Batalha da Praça da Sé

Cemap-Interludium convida todas e todos para o ato de comemoração da Frente Única Antifascista e dos 91 anos da Batalha da Praça da Sé, no dia 7 de outubro, às 18 horas, no auditório da Fundação Editora da Unesp, na própria praça. No evento também será lançado o livro Fulvio Abramo, meio século de luta pela 4ª Internacional, uma entrevista inédita em português realizada por Pierre Broué e Victor Leonardi.

Em 1934, a Ação Integralista Brasileira convocou um ato em 7 de outubro na Praça da Sé para comemorar o segundo aniversário de sua fundação. A Frente Única Antifascista, formada em 1933 por iniciativa política do grupo trotskista no Brasil, a Liga Comunista Internacionalista, com a participação de anarquistas, socialistas e tenentistas – e a adesão posterior do Partido Comunista do Brasil (PCB) –, convocou uma contramanifestação para o mesmo local e dia.

90 anos da Batalha da Sé

Faz exatamente 90 anos que aconteceu a “batalha da Sé”, entre militantes da Frente Única Antifascista (FUA) e da Ação Integralista Brasileira. O confronto armado deixou um morto, o militante comunista Décio de Oliveira. A debandada dos integralistas, que eram apelidados de “galinhas verdes” por causa da cor de seus uniformes, ficou conhecida também como “a revoada dos galinhas verdes”.

A importância desse confronto vem do fato de comunistas, trotskistas, socialistas e anarquistas terem se unido na FUA, num momento em que os partidos comunistas de todo o mundo obedeciam às ordens de Moscou, de evitar esse tipo de aliança. Meses antes, os comunistas alemães haviam se recusado a fazer aliança com os social-democratas; o resultado é que o partido com mais votos, o nacional-socialista, acabou sendo encarregado de formar o novo governo alemão, e instaurou uma ditadura logo em seguida.

O Trabalho homenageia Fúlvio Abramo

Cartaz O Trabalho inaugura auditório Fúlvio Abramo

Nesta sexta-feira, dia 24, a Corrente O Trabalho do PT, seção da 4ª Internacional em São Paulo, vai inaugurar o auditório de sua sede, que levará o nome de Fúlvio Abramo, em homenagem a este militante admirável, que se fez presente em toda a história da esquerda e do trotskismo no Brasil. A atividade será às 20 horas e estamos todos convidados! A sede fica na Praça da República, número 468, 7º andar, no centro de São Paulo.

Vito Letizia ganha site próprio

Imagens de Vito Letizia em várias épocas.

Em 2022 completaram-se 10 anos da morte de Vito Letizia, professor, marxista, nosso amigo e mentor. Nas discussões sobre como fazer uma homenagem pela data ficou claro para nós que Vito foi parte marcante da história da esquerda no Brasil, teve profunda influência sobre militantes e alunos e produziu ensaios e reflexões que ainda hoje são muito atuais e importantes. Em outras palavras, Vito precisava de um site que reunisse sua história e principalmente sua produção intelectual, para que fosse acessível a todos os interessados.

Cemap-Interludium lança hoje o site Vito Letizia – um militante. Que fala da vida desse marxista rigoroso e grande professor, por meio de depoimentos e de uma linha do tempo. Que conta sua importância para o Centro de Estudos do Movimento Operário Mário Pedrosa (Cemap). E reúne todos os seus textos e entrevistas já recolhidos pela oscip. Visitem!

Segunda chance

Lançamento de "Solidão Revolucionária", de José Castilho Marques Neto, no Cedem

Para quem perdeu o debate do dia 23, o professor José Castilho Marques Neto também vai lançar seu livro Solidão Revolucionária – Mário Pedrosa e as origens do trotskismo no Brasil na sede do Centro de Documentação e Memória (Cedem) da Unesp no dia 31. O livro, em edição revista e ampliada, é essencial para compreender as origens da esquerda no Brasil. No evento, Castilho vai discutir o tema com os historiadores Dainis Karepovs e Danilo César, o economista Markus Sokol e o cientista social Marco Aurélio Nogueira.

‘Solidão Revolucionária’ ganha nova edição

José Castilho Marques Neto relança "Solidão Revolucionára"

O professor José Castilho Marques Neto relança hoje seu clássico sobre Mário Pedrosa e o grupo de militantes que se aglutinou à sua volta nos conturbados anos 1920-1930. Um debate com os historiadores Francisco Foot Hardman e Dainis Karepovs vai abrir o evento de lançamento, na Livraria da Travessa, às 19 horas. Não percam!

Nas palavras de Castilho, Solidão Revolucionária é “a história intelectual da origem de um aguerrido e bem formado grupo de ativistas dos anos 1920/1930, aglutinados em torno” de Mário Pedrosa. “Eles fizeram história na formação do pensamento e da política da esquerda brasileira e este livro procurar resgatar a importância que tiveram no ainda atual debate político de interpretação do Brasil.”

‘Do partido único ao stalinismo’

Nota de leitura sobre o livro recém-lançado de Angela Mendes de Almeida.

Isabel Loureiro

Cada crise engendra não só um novo futuro, mas um novo passado.
“O fundo do ar é vermelho”, Chris Marker

Neste pesadelo em que a roda da história girou algumas décadas para trás, assistimos ao retorno do fascismo e ao revival midiático de seu irmão siamês, o stalinismo. Nas redes sociais pulula a defesa da Rússia, da Coreia do Norte, da China como países supostamente socialistas. E o mesmo acontece com a antiga URSS: os gulags e a violência contra os adversários políticos são justificados – vistos como mal menor na construção da “pátria socialista” contra o imperialismo norte-americano –, prova provada de que a ideia de aperfeiçoamento contínuo da humanidade não passa de ilusão.

É bem verdade que o desejo de retorno a uma mítica idade de ouro comunista que nunca existiu, por parte de uma parcela da juventude de esquerda que se autodenomina revolucionária, decorre do desespero ante a barbárie capitalista, acentuada com a pandemia de covid-19, e também do desencanto com a tibieza da esquerda reformista e de suas políticas de gestão do capitalismo. Ao mesmo tempo existem tentativas sérias de jovens militantes de organizações marxistas-leninistas de atualizar a política de Lenin, fazendo uma releitura das ideias de vanguarda revolucionária e de centralismo democrático, que, como sabemos, sempre foi mais centralista que democrático. Este livro, ao mostrar os impasses a que levou o autoritarismo comunista, é imprescindível para todos eles.