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Greve geral contra a reforma da Previdência

cartaz greve geral

A greve geral contra a reforma da Previdência e os cortes na educação deve parar hoje todas as capitais e boa parte das grandes e médias cidades do país. Em assembleias realizadas durante os últimos dias, várias categorias de trabalhadores e estudantes em todo o país decidiram aderir à paralisação convocada conjuntamente pelas centrais sindicais e movimentos populares, como as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. Além de panfletagens e piquetes em portas de fábrica e locais de trabalho, mais de 200 cidades têm manifestações, passeatas e atividades marcadas.

Mobilização contra a reforma da Previdência

Ato contra reforma da previdência

Com a tentativa do governo de retomar a votação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, as mobilizações contra a reforma da Previdência voltam a crescer e as centrais sindicais preparam um manifestação monstro para o 1º de Maio. A CUT abriu um site específico, chamado Na Pressão, para ajudar os trabalhadores a pressionarem os deputados da comissão contra a proposta. Além das manifestações e protestos, movimentos sociais e sindicatos intensificam o esforço para informar os trabalhadores de todos os prejuízos embutidos na reforma, com uma agenda cheia de debates e seminários nos próximos dias. Também circula na internet uma cartilha que resume em 44 itens os maiores problemas com relação à reforma da Previdência.

Exposição 50 anos de Contagem e Osasco

Chamada para "As greves de 68 vistas pela mídia clandestina"

Em 1968, duas greves de metalúrgicos puseram pela primeira vez em xeque a mordaça imposta pela ditadura militar. Mesmo reprimidas, as greves de Contagem e Osasco foram um marco na história do movimento operário brasileiro, ao introduzir um modelo de organização dos sindicatos pela base e defender a autonomia sindical frente ao Estado. A decretação do AI-5 provocou um longo intervalo de submissão dos sindicatos, mas não apagou suas lições; dez anos depois, elas foram a base da oposição sindical que emergiu em todo o país.

As implicações da terceirização

Cemap-Interludium vai promover no dia 6 de agosto um debate sobre o projeto de lei 4330, que regulamenta o trabalho terceirizado no Brasil, e suas implicações para os trabalhadores. Para fazer essa discussão, convidamos Ricardo Antunes, professor de Sociologia do Trabalho da Unicamp, e Júlio Turra, dirigente da Executiva da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

O outro lado da moeda

O presente artigo busca reunir elementos a partir da perspectiva crítica marxista para resgatar o conteúdo anticapitalista dos instrumentos políticos que a classe trabalhadora criou historicamente, de modo a ter elementos para uma reflexão acerca da originalidade dos instrumentos políticos da classe trabalhadora no Brasil como potencial de fazer luta anticapitalista.

Está colocado para estas reflexões o exame dos desafios do enfrentamento entre capital e trabalho em tempos de valorização do capital por dominância financeira que nos remete ao entendimento em Marx que só como dinheiro mundial a forma dinheiro encontra a forma adequada ao conteúdo do dinheiro, ou seja, em sua forma abstrata com vínculo tênue ou inexistente com o processo produtivo e livre dos limites da forma de moeda emitida pelo poder de senhoriagen dos Estados nacionais. O “outro lado da moeda” seria examinar o movimento dos trabalhadores enquanto classe organizada, no sentido de que – assim como a forma dinheiro – é só como movimento mundial em confronto com o capital que o “proletariado” encontra seu conteúdo.

Marx, os marxistas e a relação sindicato-partido-socialismo: seu passado e seu futuro

Passeata na Ladeira do Carmo, na greve geral de 1917
A Ladeira do Carmo tomada de trabalhadores na greve geral de 1917.

Vito Letizia

Escrito em julho de 2004, este artigo analisa o papel dos sindicatos, partindo da visão de Marx, e faz “um apanhado das principais orientações apresentadas aos trabalhadores ao longo da história de suas lutas”, com o objetivo de recolocar a discussão dentro do contexto atual.

Introdução

Após a queda do muro de Berlim multiplicam-se as teorias que defendem “um novo papel” para os sindicatos: o sindicalismo “moderno” deveria ser mais “construtivo” e propor soluções “viáveis” nas negociações trabalhistas; deveria considerar os patrões sob um ângulo mais “positivo” e aprender a reivindicar pensando também na empresa.

Segundo o “consenso” martelado pela mídia, a história teria provado que é falsa a teoria marxista, que afirma o antagonismo de interesses entre empregados e patrões. Aliás, o marxismo como um todo seria um grande equívoco. Prova: a tentativa de aplicá-lo na URSS fracassou. Mas e o capitalismo? Fracassou ou é bem-sucedido? Sobre a tentativa de fazer o capitalismo gerar uma sociedade de bem-estar, o que os “modernizadores” capitalistas têm a dizer? Mesmo supondo que, na URSS tenham tentado honesta e escrupulosamente aplicar o marxismo isso não prova a invalidade ou validade da análise marxista sobre o capitalismo. Pela simples razão de que uma boa análise do capitalismo não precisa ser, ao mesmo tempo, uma receita de socialismo. Além disso, a validade do que Marx diz sobre as relações de trabalho no capitalismo não depende da validade de tudo que ele diz sobre o sistema em geral.