Com a tentativa do governo de retomar a votação na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, as mobilizações contra a reforma da Previdência voltam a crescer e as centrais sindicais preparam um manifestação monstro para o 1º de Maio. A CUT abriu um site específico, chamado Na Pressão, para ajudar os trabalhadores a pressionarem os deputados da comissão contra a proposta. Além das manifestações e protestos, movimentos sociais e sindicatos intensificam o esforço para informar os trabalhadores de todos os prejuízos embutidos na reforma, com uma agenda cheia de debates e seminários nos próximos dias. Também circula na internet uma cartilha que resume em 44 itens os maiores problemas com relação à reforma da Previdência.
A CUT desenvolveu uma campanha específica para a votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.
O site Na Pressão traz a lista de todos os deputados que integram a CCJ e a posição de cada um com relação à reforma. Ao clicar em um nome, abre-se uma janela com os dados do deputados, seus endereços no Facebook e no Twitter e o botão “ativar pressão para”, que permite enviar um e-mail diretamente da página para o parlamentar em questão.
“É fácil e rápido. Pode ser feito pelo celular, laptop ou computador, de onde você estiver. Basta acessar o link específico da campanha do Na Pressão, dar uma breve navegada e pronto, seu recado chegará até o seu deputado”, explica o secretário de Comunicação da CUT, Roni Barbosa.
Em São Paulo, a CUT, as centrais sindicais Força Sindical, CTB, UGT, Intersindical (Classe Trabalhadora), e Intersindical (Instrumento de Luta e Organização), CSB, CGTB, Nova Central e CSP-Conlutas, e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, organizam o ato do 1º de Maio com foco na luta contra a reforma da Previdência.
Será no Vale do Anhangabaú, no centro da capital, e começará às 10 horas, com apresentações artísticas e culturais. O ato político mesmo acontecerá à tarde.
É a primeira vez que as entidades sindicais e os movimentos sociais organizam de forma unificada o Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores e das Trabalhadoras, com esse formato e em um único local.
Na internet
Todas as centrais sindicais noticiam os protestos, opiniões críticas de especialistas e sindicalistas e o andamento do projeto no Congresso. A maioria mantém em seus sites farto material específico para esclarecer os trabalhadores:
No da CUT, um banner dá acesso à página Reaja Agora. Nela, os trabalhadores encontram muita informação sobre os reflexos da reforma na vida de cada um, vídeos, a calculadora de tempo para aposentadoria, do Dieese, e o link para o Na Pressão.
O site da Força Sindical tem um banner que dá acesso ao abaixo-assinado conjunto das centrais e a uma página com cartilha, abaixo-assinado, fotos e vídeos sobre a luta contra a reforma.
A CTB coloca no ar a campanha Quero viver depois de trabalhar – não mexa na minha aposentadoria. Com cartazes, folhetos e uma cartilha explicativa, a campanha também terá vídeos, ações no Facebook, no Instagram e no Twitter.
A CSB também mantém um banner no alto do site para levar a uma página específica com informações sobre a reforma.
Na página da CSP-Conlutas, além de notícias sobre a PEC 6/2019, um link do lado direito dá acesso à página específica “Contra a Reforma da Previdência”, com informações, materiais e vídeos.
O site da Intersindical traz uma série de notícias que informam sobre os efeitos nocivos da reforma da Previdência para os trabalhadores brasileiros, assim como jornais, vídeos e uma cartilha.
A UGT publica notícias sobre o tema, assim como a Nova Central, que também tem um link para uma página com cartilha explicativa, vídeo e plataforma para pressionar os parlamentares.
A imagem que abre este post é de Roberto Parizotti, da CUT. Os logotipos foram obtidos dos sites das centrais.
Dossiê minucioso
44 coisas que você precisa saber sobre a reforma da Previdência. Esse é o título da cartilha/resumo de um estudo produzido pelos economistas Eduardo Moreira, Paulo Kliass e Eduardo Fagnani sobre os problemas do projeto do governo. O texto é recheado de dados, números sobre crescimento, detalhes sobre as leis relativas ao tema e projeções que desmontam os argumentos e os cálculos apresentados pelo governo.
As conclusões do estudo são claras. A reforma da Previdência não acaba com privilégios. A reforma da Previdência não vai melhorar a economia brasileira, nem ajudar o país a crescer. Ao contrário. Os brasileiros ficarão mais pobres e por consequência a economia nacional vai encolher. Haverá menos saúde, menos educação e, diante da falta de recursos, o êxodo rural pode aumentar e agravar a miséria e a violência nas grandes cidades.
Baixe a cartilha clicando aqui.