Hoje, 13 de novembro, no período da manhã, os dois estudantes da FFLCH Inauê Taiguara Monteiro de Almeida e João Vitor Gonzaga Campos foram transferidos do 91º DP para o CDP de Osasco. Esta transferência é consequência da série de absurdos iniciada entre as 5 e as 6 horas da manhã de 12 de novembro, quando os dois estudantes foram arbitrariamente detidos por policiais militares encarregados da ação de reintegração de posse do prédio da Reitoria da Universidade de São Paulo, no campus Butantã.
Ressaltamos novamente: não havia nenhum estudante dentro do prédio no momento da reintegração de posse. Diante da ausência de qualquer possibilidade de responsabilização individual pela ocupação do prédio, a ação policial se concentrou inadequadamente fora deste espaço. Os referidos estudantes, que não se encontravam no prédio da reitoria, foram detidos pelos policiais na praça central da universidade, a Praça do Relógio.
Inauê e João Vitor voltavam de uma confraternização posterior a uma palestra. Foram abordados com truculência e dirigidos até um ônibus da polícia. Sem serem informados dos motivos da prisão e sob diversas agressões físicas e psicológicas – o que pela lei configurariam a prática de tortura –, foram encaminhados ao 93º DP, de lá transferidos para o 91º DP e, agora, transferidos para o CDP de Osasco, onde já se encontram.
Salientamos novamente com essas informações o caráter totalmente arbitrário das ações policiais.
Os dois estudantes ainda aguardam decisão judicial referente às absurdas acusações de dano ao patrimônio público, furto qualificado e formação de quadrilha.
Esta nova nota tem por objetivo, novamente, denunciar a arbitrariedade policial, sensibilizar a opinião pública e pedir apoio à imediata libertação dos dois estudantes.
Hoje estão marcados os depoimentos das testemunhas de defesa no 93º DP.
Amigos e familiares estão acompanhando os dois estudantes no CDP de Osasco.
Convocamos todos para que compareçam na Assembleia Geral de hoje, dia 13 de novembro, no horário das 18 horas, no prédio da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da USP, campus Butantã, Cidade Universitária.
Assinado: Amigos e familiares dos dois estudantes.
Acabou de sair no UOL:
A juíza Juliana Guelfi, do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais e Corregedoria da Polícia Judiciária), órgão ligado ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, determinou que os dois estudantes detidos na USP (Universidade de São Paulo) sejam soltos imediatamente.
Falta ainda acompnhar a efetiva soltura.