Aproximadamente há um mês, as forças de ocupação sionista prosseguem com a política de repressão e tortura contra nosso povo em todas as cidades e aldeias palestinas, prendendo centenas de pessoas e elevando o número de presos a 6.000 detenções. Os colonos israelenses, sob a proteção do exército, exercem violentos crimes, como sequestros, assassinatos e atropelamentos contra os palestinos. O crime de sequestro do adolescente Mohammed Abu Khudair e sua violenta morte, onde foi queimado vivo, confirma, sem dúvida, a brutalidade do Estado de Israel. A política criminal sionista está atacando Gaza. São ataques bárbaros contra nosso povo bombardeando, ferindo e matando dezenas de palestinos civis.
Os Comitês da Palestina Democrática – Brasil esclarecem para a opinião pública brasileira:
O que está acontecendo nos territórios palestinos é uma continuação da ocupação e colonialismo sionista, baseado na limpeza étnica contra o povo palestino desde 1948, onde se cometeram massacres e a expulsão de mais de 800 mil palestinos, que passaram a viver em campos de refugiados na diáspora. Hoje, são 6 milhões de refugiados vivendo nos países vizinhos e na própria Palestina, negando-lhes o direito de retorno às suas casas e às suas terras milenares.
Desde a agressão de 1967, que resultou na a ocupação do resto dos territórios palestinos, a entidade sionista pratica a política de confisco de terras, chegando a 60% do total da área da Cisjordânia, com construções de mais assentamentos para os colonos judaicos administrados pela Movimento Sionista Mundial. Também confiscou mais de 80% da água e mais de 250 mil palestinos foram presos, incluindo crianças e mulheres, com acusações de luta pela independência e rejeição à ocupação. Hoje, os dados revelam que são 6.000 presos políticos em prisões sionistas.
A entidade sionista “Israel” continua com seu bloqueio contra a Faixa de Gaza, bombardando e praticando os crimes de guerra, matando e ferindo centenas de civis inocentes. Ao longo dos últimos seis anos tem travado conflitos e destruído a vida em Gaza.
A entidade sionista de Israel continua em sua política de discriminação racial contra o povo palestino. A construção do muro do Apartheid é uma política de discriminação que foi rejeitada e condenada pela Corte Internacional de Justiça sediada em Haia e por outras instituições internacionais.
Desde a ocupação em 1967, a entidade sionista de “Israel” fortaleceu a política de “judaização de Jerusalém”, modificando e falsificando as características culturais e históricas da cidade para negar a existência dos palestinos e da história da Cidade Santa.
O Estado de Israel preconiza a imigração de judeus de todo o mundo para a Palestina com o propósito de explorar as riquezas da região árabe e todo o Oriente Médio, contribuindo com o projeto do movimento sionista e do imperialismo mundial. A fragmentação da região árabe é necessária para a implantação da expansão sionista do Estado judeu, com seu território desde o Rio Nilo (Egito) até o Rio Eufrates (Iraque). Para tanto a limpeza étnica contra os povos da região se torna indispensável.
Os Comitês da Palestina Democrática enfatizam que o povo palestino luta para se livrar da ocupação sionista e retornar para sua terra natal para construir seu Estado Palestino Democrático em todo o território nacional.
Os Comitês da Palestina Democrática solicitam às comunidades judaicas no Brasil que não enviem seus filhos para o Estado de Israel. Estas imigrações significam mais confiscos de terras palestinas para assentamentos de colonos. Israel é um Estado militar e todos os seus cidadãos, imigrantes ou nascidos em Israel, são obrigados a realizar serviços militares. Desta forma, os imigrantes fortalecem o exército israelense e são envolvidos em vários tipos de repressões e abusos contra o povo palestino.
A resistência contra a ocupação é um direito legítimo dos palestinos, conforme as resoluções das Nações Unidas. A resistência é uma forma de conquistar os direitos legítimos e históricos e por fim a ocupação, o direito de retorno e de estabelecimento do Estado Democrático Palestino em todo o território nacional.
Necessitamos de toda a solidariedade internacional. Campanhas de solidariedade com a luta do povo palestino no Brasil e em toda a América Latina são vitais para fortalecer os direitos palestinos e pôr fim à ocupação, com punição legal aos criminosos. Devemos encorajar ações da importante Campanha BDS. O boicote acadêmico, o rompimento de acordos militares e de desenvolvimentos tecnológicos são formas de enfraquecer a política externa israelense e também são um caminho para denunciar as atrocidades que comete contra os palestinos, como fez a União de Jornalistas Mundial, expulsando o representante de “Israel” desta entidade internacional, um exemplo a ser seguido.
A proteção ao nosso povo faz parte da agenda dos que amam a paz e a estabilidade na região e justiça e paz para o mundo.
Comitês da Palestina Democrática – Brasil
9 de julho de 2014