O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo disponibiliza em seu site uma cartilha para orientar os profissionais que enfrentam situações de violência e intimidação policial ao cobrirem manifestações e protestos de rua. Embora o guia seja voltado para jornalistas, muitas de suas sugestões são válidas para qualquer pessoa que vá a uma manifestação e se depare com as já rotineiras ações truculentas da polícia. Veja a versão para impressão.
Em sua página, o sindicato explica que a publicação traz “orientações sobre medidas a serem tomadas antes e durante a cobertura jornalística” e sobre como reagir e denunciar casos de violência contra os profissionais do jornalismo. O sindicato acrescenta que mantém um plantão para orientação, com apoio jurídico, durante determinadas manifestações.
Em seguida, o sindicato explica por que resolveu fazer a cartilha:
“O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP), a partir de sua Comissão Aberta de Combate à Violência contra o Jornalista, publica a presente cartilha para contribuir com as condições necessárias para que os profissionais realizem seu trabalho em segurança.
Segundo o relatório da Federação Nacional dos Jornalistas, em 2018 São Paulo foi o Estado com maior número de agressões e intimidações a profissionais. Sabemos que o motivo é a tentativa de impedir a livre cobertura dos fatos, ou seja, a liberdade de imprensa. Pelo menos desde 2013, as manifestações de rua concentram a maior parte da violência, por isso essa publicação é focada neste aspecto do problema.
A maior responsável nos últimos cinco anos foi a Polícia Militar. O Sindicato já realizou audiência com o Ministério Público, com a ouvidoria da PM e com o então governador Geraldo Alckmin, mas não houve avanços. Infelizmente, o atual cenário político torna ainda mais necessárias medidas de proteção aos jornalistas, além das orientações presentes nesta cartilha.”