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Mais Educação: quando as grandes expectativas saem de cena

Danilo Chaves Nakamura O presente texto é fruto da inquietação que atinge grande parte dos educadores vinculados à rede municipal de ensino de São Paulo. Afinal, a que veio essa atual reestruturação do ensino? Por que a ênfase na ideia do “direito de aprendizagem”? Como se deu a chamada consulta pública? A diversidade das vozes foi considerada? Longe de conseguir apresentar respostas consistentes para essas perguntas, o texto procura rememorar um momento histórico anterior em que a formulação da educação como direito era uma “ideia-força” que projetava uma sociedade livre. Resgatar essa memória talvez nos permita apontar para o significado da noção de “direito de aprendizagem” apresentada pela atual gestão.

Crescimento econômico e desintegração social

Danilo Chaves Nakamura “Quero dizer que no caso do metrô e trem, nós vamos revogar o reajuste dado. É um sacrifício grande”, declarou Geraldo Alckmin. “Conforme o governador disse, não há como fazê-lo sem dispensas no investimento”, completou Fernando Haddad. Foram essas as palavras utilizadas pelo governador e pelo prefeito de São Paulo no dia 19 de junho de 2013, data em que revogaram os aumentos das tarifas dos transportes públicos. O motivo do recuo? Os seis grandes atos com milhares de pessoas nas ruas, que colocaram a cidade de “ponta-cabeça”. Embora visivelmente atônitos com a onda de passeatas, bloqueios de avenidas e ações diretas contra propriedades privadas e patrimônios públicos, Alckmin e Haddad recuaram, contudo, sem abandonar os argumentos técnicos para explicar os custos das tarifas e a destinação de recursos para os investimentos públicos.

As artimanhas do dr. Callegari

Danilo Chaves Nakamura Os professores da rede municipal de São Paulo estão em greve desde o dia 3 de maio. A greve vem se arrastando há quase 15 dias, deixando mais de 900 mil alunos e inúmeras famílias numa incerteza. De um lado, os professores reclamam por melhores salários, condições de trabalho e cumprimento de acordos firmados nas gestões passadas. De outro, a Secretaria de Educação, chefiada por Cesar Callegari, vem tentando deslegitimar a greve, dizendo que ela é “abusiva” e “manipulada” pelo sindicato. Em entrevista a rádio CBN, o secretário falou que está diante de uma “guerra de informações”. Se “guerra de informação” significa o uso da mídia para vencer o adversário a qualquer custo, podemos dizer que os ataques da Secretaria de Educação começaram no mês passado.

A educação no balcão de negócios do sr. Haddad

Danilo Chaves Nakamura No dia 26 de outubro de 2012, o candidato Fernando Haddad disse – em debate eleitoral transmitido pela Rede Globo – que honraria os compromissos já firmados com o magistério, ou seja, que seu governo incorporaria as gratificações e as bonificações nos salários. O adversário José Serra prometeu que daria um reajuste acumulado de 25%, uma decisão já encaminhada por seu vice, Alexandre Schneider, secretário municipal de Educação na gestão de Gilberto Kassab. Haddad, em sua tréplica, procurou desmascarar a promessa de Serra, afirmou que esse aumento é uma lei já aprovada e garantiu que o futuro governo do PT cumpriria tudo o que já foi firmado com a categoria.

Por um verdadeiro estado de emergência

O coletivo Interludium – reflexões anticapitalistas tem o prazer de divulgar neste site as cinco aulas do minicurso sobre o pensamento do filósofo alemão Walter Benjamin, organizado pelo grupo Desvios entre abril e maio de 2010. O curso “Por um verdadeiro estado de emergência” contou com especialistas e professores que estudam e simpatizam com pensamento de Benjamin, como Isabel Loureiro, Gilberto Bercovici, Caestarlos E. J. Machado, Jeanne Marie Gagnebin, Maurício Cardoso, José Sergio Fonseca, Jorge Grespan e Paulo E. Arantes, e teve um imenso público.

‘A Grande Crise Rastejante’ chega às bancas

Com debates na Associação dos Professores da PUC (Apropuc) e na Universidade de São Paulo (USP), a Editora Caros Amigos lançou A Grande Crise Rastejante, primeiro livro de Vito Letizia. Os debates foram promovidos por Interludium – reflexões anticapitalistas, do qual Vito fazia parte.

Eu sei o que deve ser feito com o presente

Emmanuel Nakamura Conheci Vito Letizia no segundo semestre letivo de 2001 de minha graduação em Economia na PUC-SP, mas não numa sala de aula e sim voltando para casa. Vito e eu pegávamos o mesmo ônibus e numa das viagens conversava com minha irmã sobre a última aula, quando um senhor corrigiu alguma coisa que falava sobre o economista Alfred Marshall. Foi apenas a primeira de uma série… Meu segundo contato com o Vito foi nesse mesmo ônibus. Gabriel havia me proposto formar um grupo de estudos sobre o pensamento de Marx e sabia que o Vito era um grande conhecedor. Fizemos então durante a viagem a proposta, imediatamente aceita pelo Vito.