O livro A revolta de 1936-1939 na Palestina, de Ghassan Kanafani, será o tema dos próximos encontros do Grupo de Leitura, em três quartas-feiras a partir do dia 20, sempre às 19 horas. A análise detalhada de Kanafani lança luz sobre um dos momentos mais importantes da luta do povo palestino e é fundamental para todas e todos que queiram compreender a questão palestina.
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Neste sábado, às 16h30, o premiado jornalista palestino Mohammed Omer estará na Livraria Tapera Taperá para um debate sobre a realidade em Gaza hoje. Também participarão do encontro a ativista palestina Rawa Alsagheer, o jornalista Breno Altman e o professor Bruno Huberman. A Tapera Taperá fica na avenida São Luís, 187 – 2º andar, loja 29, em São Paulo.
O diretório municipal do PT vai lançar amanhã seu Núcleo Palestina, para discutir a situação do povo palestino, o apoio do partido e sua participação de maneira mais intensa nas atividades e manifestações. O ato será na Câmara Municipal de São Paulo, a partir das 19 horas. Estamos todas e todos convidados.
O lançamento terá uma mesa redonda com Markus Sokol, da executiva nacional do PT, Mohamad El Kadri, petista e dirigente do Fórum Latino-Palestino, e Rawa Alsagheer, palestina e coordenadora da rede Samidoun de solidariedade aos prisioneiros palestinos, além de uma convidada do Vozes Judaicas pela Libertação. E será transmitido pela TV Câmara.
Em 22 de janeiro, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) protocolou na Justiça de São Paulo um pedido de abertura de inquérito contra o ex-presidente do PT José Genoino. Junto com a Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) e a Federação Israelita do Rio de Janeiro (Fierj), a Conib acusa o ex-deputado federal por supostos “crimes de racismo e incitação ao crime”.
Qual o “crime” de José Genoino? Durante uma live no programa Sabadão do DCM, do jornal digital Diário do Centro do Mundo, Genoíno defendeu o Movimento BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções), que organiza mundialmente um boicote a produtos provenientes de assentamentos criados a partir da política expansionista do Estado de Israel em territórios que pertenciam à Faixa de Gaza e à Cisjordânia. Genoino também defendeu o apoio do governo brasileiro ao processo movido pela África do Sul contra Israel por crime de genocídio contra os palestinos em Gaza, ação que tramita na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia. Isso, segundo os acusadores de Genoíno, demonstraria “seu fel, seu ódio, seu antissemitismo”.
Genoino rechaça as acusações da Conib. “Apresento meu repúdio à nota da Conib e afirmo que não sou e nunca fui antissemita. Repudio, também, qualquer tipo de preconceito contra o povo judeu e defendo a existência de dois Estados”, afirmou em nota. “Temos a obrigação de denunciar o genocídio do governo de Israel contra o povo palestino. Tenho defendido, incansavelmente, o cessar-fogo, a paz entre os povos e a solidariedade ao povo palestino.” Ele acrescentou que defende o “boicote às empresas que apoiam o governo de Israel na guerra contra o povo palestino”.
Apesar do esforço da grande imprensa para mostrar o conflito na Palestina como uma batalha entre mocinhos e bandidos, a realidade é bem mais complicada. Logo depois do corte de fornecimento de água, energia e alimentos para a Faixa de Gaza e do início do bombardeio dos 2 milhões de palestinos presos lá, sob o cerco militar de Israel, o historiador e professor da USP Osvaldo Coggiola escreveu uma análise sobre o nascimento e natureza política do grupo Hamas (responsável pelos ataques aéreos e por terra, os primeiros em solo israelense desde 1973). Nela, ele também analisa a guerra de ocupação da Palestina desde 1948 e mais particularmente nas últimas décadas. Resolvemos repercutir o artigo no nosso site, pois ele é essencial para a compreensão da atual guerra de extermínio.
Uma manifestação de várias organizações que apoiam a causa palestina levou a Unicamp a cancelar a “Feira das Universidades Israelenses”, marcada para ontem. Os manifestantes fizeram uma passeata até o local do evento, carregando bandeiras e faixas com mensagens como “Palestina livre” e “Unicamp – território livre de apartheid”. Em seguida se concentraram na frente do prédio da feira e a comissão organizadora decidiu suspender sua realização.
A atividade com as universidades de Israel provocou polêmica desde que foi anunciada, em 17 de março. A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) enviou carta à reitoria da Unicamp em que pedia seu cancelamento e ainda que a universidade se declarasse um “espaço livre de apartheid”. Entidades representativas dos professores, dos servidores e dos estudantes apresentaram moções pela não realização da feira e o Coletivo Anura, de pessoas asiáticas (amarelas e marrons) da Unicamp, criou um abaixo-assinado para reforçar a posição.