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Fepal pede cancelamento de Feira das Universidades Israelenses

A Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) pediu à Unicamp que cancele a “Feira das Universidades Israelenses”, marcada para dia 3 de abril. Em carta ao reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, a Fepal argumenta que a realização dessa feira no campus associa a universidade à “promoção do regime de apartheid” que Israel impõe ao povo palestino. “A justa reputação da Unicamp não pode ser manchada por associação aos crimes de lesa-humanidade de Israel na Palestina.”

O presidente da Fepal, Ualid Rabah, afirmou que a Unicamp precisa escolher entre apoiar um regime segregacionista, expansionista, violento e avesso aos direitos humanos mais básicos ou respeitar a própria trajetória histórica de defesa dos direitos humanos. “Se a Unicamp mantiver esta feira, estará não apenas legitimando o apartheid israelense sobre o povo palestino, mas admitindo que a humanidade pode tolerar o apartheid e outros crimes de lesa-humanidade, todos presentes na Palestina e praticados por Israel, como aceitáveis em qualquer parte do mundo, talvez até aqui, contra parcelas do povo brasileiro”, advertiu.

A carta da entidade (leia a íntegra clicando aqui) cita os trabalhos de relatores especiais da Organização das Nações Unidas (ONU) e das principais ONGs de defesa dos direitos humanos que descrevem as práticas de Israel na Palestina como um sistema de apartheid contra o povo palestino. Também lembra as resoluções da ONU não cumpridas por Israel até hoje, inclusive a 194, que garante o retorno dos refugiados palestinos e foi um compromisso aceito por Israel em 1949. Para a federação, a Unicamp corre o risco de “ficar para a história como uma universidade que um dia apoiou o regime de apartheid de Israel”.

A federação aponta ainda que as próprias universidades anunciadas como participantes da feira – Universidade Bar Ilan, Universidade de Haifa, Universidade Hebraica de Jerusalém, Universidade de Tel Aviv e Instituto de Tecnologia de Israel (Technion) – têm fortes ligações com a construção do regime de apartheid. A carta cita ações como a criação de campus em assentamentos ilegais ou as expansões de instalações em Jerusalém Oriental que levaram à expulsão de centenas de famílias de suas casas. Mas também lembra que essas universidades colaboram com as forças armadas de Israel e com seus serviços de inteligência e desenvolvem tecnologias que são usadas para a repressão e o controle dos territórios palestinos.

* As informações são do site da Federação Árabe Palestina do Brasil. Imagem da Agência de Notícias da Palestina Wafa.

Publicado em:direitos humanos,Palestina

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