Cemap-Interludium anuncia a integração do fundo documental do físico, escritor e ativista Arkan Simaan ao Centro de Documentação do Movimento Operário Mário Pedrosa (Cemap). A doação será formalizada em cerimônia no dia 7 de novembro de 2025, às 15 horas, no auditório do Cedem/Unesp, localizado na Praça da Sé, 108, no centro de São Paulo.
O fundo chega ao acervo do Cemap por intermédio do pesquisador Edmar Macedo, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que estará presente para a entrega simbólica da documentação. O evento contará com a presença de diretores de Cemap-Interludium e de representantes do Centro de Documentação e Memória da Universidade Estadual Paulista (Cedem/Unesp) e é aberto ao público.
Quem é Arkan Simaan
Nascido no Líbano em 1945 e radicado no Brasil desde a infância, Simaan ingressou na Faculdade de Física da Universidade de São Paulo (USP) na época do golpe militar de 1964 e se engajou no movimento trotskista. Perseguido e condenado pela ditadura, foi um dos fundadores da Organização Comunista 1º de Maio no Brasil. Exilou-se na França em 1970, onde retomou os estudos de física, dedicando-se ao ensino e, posteriormente, à escrita. Lá participou da formação do Grupo Outubro com outros exilados brasileiros.

É coautor do livro A imagem do mundo dos babilônios a Newton, com Joëlle Fontaine, que foi publicado no Brasil pela Companhia das Letras, e autor do livro Vem, vamos embora – Imigração, Ditadura, Exílio, publicado pela Editora Insular, em que conta a vinda de sua família do Líbano para o Brasil, seu engajamento político, a criação da Organização Comunista 1° de Maio em São Paulo, a perseguição que sofreu da polícia, sua vida na clandestinidade, sua prisão, a fuga do Brasil e seu exílio na França.
O Fundo Arkan Simaan passará a integrar o acervo do Cemap, reforçando sua missão de preservar documentos relevantes para a história do movimento operário brasileiro, da luta contra a ditadura militar e do trotskismo no Brasil.
 

 
					 
					