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Salvador – mobilização contra a licitação para o transporte público

Protestos contra o aumento das tarifas em Salvador, na Bahia, em 22 de junho de 2013

O Movimento Passe Livre de Salvador lançou a campanha “NÃO É ESSA A LICITAÇÃO QUE QUEREMOS!”, contra o processo de licitação para a operação do transporte público da prefeitura. O movimento reivindica o cancelamento da licitação, pois avalia que seu objetivo “não é resolver os problemas do serviço de transporte público da capital, mas perpetuar o péssimo modelo oferecido e aumentar cada vez mais o lucro dos empresários”. Em assembleia extraordinária hoje à tarde, o MPL de Salvador decidiu várias medidas práticas e divulgou nota em que explica sua posição, que publicamos a seguir:

Transferência dos estudantes Inauê e João Vitor para o CDP de Osasco

Soldados da PM na USP

Hoje, 13 de novembro, no período da manhã, os dois estudantes da FFLCH Inauê Taiguara Monteiro de Almeida e João Vitor Gonzaga Campos foram transferidos do 91º DP para o CDP de Osasco. Esta transferência é consequência da série de absurdos iniciada entre as 5 e as 6 horas da manhã de 12 de novembro, quando os dois estudantes foram arbitrariamente  detidos por policiais militares encarregados da ação de reintegração de posse do prédio da Reitoria da Universidade de São Paulo, no campus Butantã.

Ressaltamos novamente: não havia nenhum estudante dentro do prédio no momento da reintegração de posse. Diante da ausência de qualquer possibilidade de responsabilização individual pela ocupação do prédio, a ação policial se concentrou inadequadamente fora deste espaço. Os referidos estudantes, que não se encontravam no prédio da reitoria, foram detidos pelos policiais na praça central da universidade, a Praça do Relógio.

Estão juntos e incomodados

Amontoado de notas de 100 e 50 reais

Na medida em que o processo eleitoral de 2014 começa a tomar forma, os acordos vão se consolidando e cada um elege suas alianças. No Brasil do século XXI, já ficou mais do que claro que existem duas forças políticas agregadoras, em volta das quais os satélites orbitam. De um lado o governo PT, que ainda guarda alguma relação com os movimentos populares, mesmo que seja uma relação até certo ponto conflituosa, por conta das outras alianças eleitorais que o partido faz, mantendo ativo o balcão de negócios construído por Pedro Alvares Cabral.

Do outro lado, permanece o PSDB, na figura de um Aécio Neves que tenta ser o porta-voz daqueles que antes operavam o velho balcão e tiveram que se conformar em jogar um papel cada vez mais secundário.

Sobre os atores principais, nenhuma dúvida, mas o que começa a clarear é a trajetória dos satélites.

O que se esconde sob o absurdo aumento do IPTU em SP?

O orçamento da Prefeitura de São Paulo para 2014, enviado pelo prefeito Fernando Haddad à Câmara Municipal, trouxe no pacote uma bomba-relógio que vai explodir nos bolsos da grande maioria da população no início do próximo ano: um pesado aumento de IPTU, justificado pela valorização dos imóveis na cidade nos últimos quatro anos e pela necessidade de subsidiar o serviço de transporte público, mantendo a tarifa congelada.

Para encarar o assunto de forma estritamente técnica, é necessário levar em conta dois aspectos muito importantes. O primeiro diz respeito ao ritmo desenfreado de verticalização imposto à cidade pela especulação imobiliária, tanto no centro como na periferia. Se é verdade que verticalização houve, omite-se que o adensamento habitacional por ela provocado já multiplicou a receita do IPTU muitas vezes, na medida em que substituiu poucos imóveis, alguns bastante depreciados e com baixa tributação de IPTU, por um número enorme de unidades empilhadas pagando muito imposto.

Na USP, a resistência à democracia vem de dentro

Alunos da USP ocupam reitoria em 2013

A recente ocupação da reitoria da USP pelos estudantes, após a frustrada tentativa de participar da reunião do Conselho Universitário de 1º de outubro, demonstra que a batalha pela democratização da estrutura da universidade encontra uma enorme resistência no corpo docente, especificamente nos mais altos cargos, que dominam a administração.

Isso ficou claro pela aprovação da proposta apresentada por um grupo de aproximadamente 50 diretores de escola, que se deram ao trabalho de se reunir e trabalhar duro para fazer com que a USP se mantenha como instituição dominada por uma casta que se esconde por trás da autonomia universitária para manter seu poder absoluto sobre as três categorias envolvidas, quais sejam, professores, alunos e funcionários. A proposta aprovada mantém a eleição no conselho, só que em turno único, mas “amplia” o número de eleitores – encampando, por exemplo, os Conselhos Deliberativos dos Museus e dos Institutos Especializados – e cria uma consulta direta sem forma definida e sem qualquer poder decisório. Fala também em encaminhar uma discussão para a mudança do estatuto.

A Mobilização Nacional Indígena em São Paulo e os 25 anos da Constituição de 1988

No dia 2 ocorreu em São Paulo um dos atos da Mobilização Nacional Indígena. Ela coincide com os 25 anos da Constituição de 1988. Organizada com o Movimento Passe Livre, a manifestação partiu do vão do Masp; incorporei-me à multidão já na avenida Paulista; dobramos na Brigadeiro, que foi percorrida até chegarmos ao Monumento às Bandeiras, que foi ocupado por algum tempo, coberto por alguns cartazes e respingado de tinta vermelha.

Salvador, tarifa e pobreza

Imagens de protestos contra o aumento das tarifas em Salvador, em agosto de 2013

São, São Salvador, meu amor
São, São Salvador, quanta dor

Não poderia buscar melhor inspiração para escrever este texto do que o genial baiano Tom Zé, para demonstrar a dura realidade da cidade de Salvador, que escolhi para morar e que aprendi a amar com todas as suas contradições.

Existe uma Salvador inventada pelo poder público para os turistas e que teve como garoto propaganda o menino Joel. E tem a Salvador da perversa exclusão da grande maioria da população, em que o braço armado do Estado mata o mesmo menino Joel que usou para fantasiar uma realidade que é brutal e implacável para a juventude negra.