A financeirização, o papel central das mudanças tecnológicas e o que se convencionou chamar de economia das plataformas têm um forte impacto em todo o mundo e afastam cada vez mais a economia de sua função social. Os movimentos sociais e políticos se veem obrigados a mudar suas formas de organização para reagir. No dia 20 de abril, a convite de Cemap-Interludium, o economista Ladislau Dowbor, professor de Ciências Econômicas da PUC-SP, dará uma palestra para discutir essas questões e como resgatar a função social da economia.
Dowbor é autor dos livros Resgatar a Função Social da Economia: uma questão de dignidade humana e O Capitalismo se Desloca: novas arquiteturas sociais. Os dois, assim como a maior parte dos livros e artigos publicados pelo professor, podem ser baixados gratuitamente em seu site.
A palestra do dia 20, que também tem o apoio da Associação dos Professores da PUC-SP (Apropuc), começará às 19h30, na sala 330 do prédio novo da PUC. A universidade fica na rua Monte Alegre, 984, em Perdizes, São Paulo.
Secretário de Negócios Extraordinários da Prefeitura de São Paulo na gestão de Luiza Erundina (1989-1992) e professor titular no departamento de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, nas áreas de economia e administração, Dowbor tem um longo histórico de direção e assessoria de projetos das Nações Unidas de organização de sistemas de gestão econômica em vários países da América e da África.
Hoje trabalha no desenvolvimento de sistemas descentralizados de gestão, em especial com prefeituras, que envolvem sistemas de informação gerencial, políticas municipais de emprego, políticas integradas para a criança de risco e gestão ambiental.
Nos últimos anos, suas pesquisas giram em torno das dinâmicas do sistema financeiro nacional e internacional. Deste estudo já foram publicados, entre outros, os livros A Era do Capital Improdutivo (Autonomia Literária, 2017), Os estranhos caminhos do dinheiro (Fundação Perseu Abramo, 2013), O pão nosso de cada dia: os processos produtivos no Brasil (FPA, 2015) e Juros extorsivos no Brasil: como o brasileiro perdeu o poder de compra (Ética, 2016).
