O jornalista e militante trotskista Fúlvio Abramo teve ao longo de sua estrada uma vida um tanto quanto agitada; foi repórter e editor, trabalhou na revista Realidade (1966-1976), foi professor de botânica e diretor da Escola de Agricultura e Veterinária de Santa Cruz de La Sierra (Bolívia). Encarcerado diversas vezes, foi um dos fundadores da Liga Comunista Internacionalista (LCI) e da Frente Única Antifascista (FUA), fez parte do Partido Socialista Brasileiro e participou da fundação do PT em 1980, colaborando com o jornal O Trabalho até o final de sua vida. Fundou e dirigiu o Centro de Documentação do Movimento Operário Mário Pedrosa (Cemap). É autor da ilustre obra A Revoada dos Galinhas Verdes, onde descreve a batalha entre integralistas e antifascistas na São Paulo da década de 1930.
O podcast lançado pela página Persigo São Paulo, no Spotify, com locução e direção de Gabriela Lancellotti, visa abordar a história da cidade de São Paulo que não é descrita de forma clara por quase nenhuma mídia hegemônica. Como ela mesma apresenta na descrição de seu programa: “São Paulo é difícil de entender. Mas isso não significa que ela não tenha coisas incríveis para contar. Bem vindos ao Persigo São Paulo, um podcast que vai olhar um pouco mais de perto para as histórias que a cidade não te mostra todo dia.”
A história do líder camponês João Pedro Teixeira
A estrutura fundiária brasileira é fruto desde 1500 da colonização da Coroa Portuguesa no Brasil. Todavia, sua consolidação se deu nos anos após a implementação da Lei de Terras, em 1850, onde o poder das oligarquias rurais reinava. Por volta deste período, percebemos a intenção dos grandes proprietários de terra que é, puramente, produzir para o capitalismo. Neste contexto vive-se uma situação delicada em que os pequenos proprietários de terra são expropriados de seu espaço; local que compreende não apenas seu sustento, mas também sua vida.
Sem forças para lutar contra as oligarquias rurais, sua única opção é tornarem-se trabalhadores daquela terra ou migrarem para a cidade em busca de outras oportunidades. Já aqueles que resistem e decidem lutar contra a estrutura agrária ainda são reprimidos com violência, como é o caso de João Pedro Teixeira, assassinado por fazendeiros em 1962 na cidade de Sapé (PB).
O Centro de Documentação e Pesquisa Vergueiro deixou de existir depois de 47 anos de serviço na preservação da memória da luta dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. O CPV, em 31 de julho de 2020, após a previsão de seu planejamento interno, daria um destino aos documentos de seu acervo, lançando posteriormente o Projeto Memória CPV, que ainda terá data de confirmação da publicação.
Cemap-Interludium e o Centro de Documentação e Memória (Cedem) da Unesp promovem no dia 20 de agosto uma conversa online sobre o legado de Mário Pedrosa (1900-1981), como parte das atividades previstas no projeto “Mário Pedrosa 120 anos”, que Cemap-Interludium desenvolve e é patrocinado pelo PROAC-SP. O debate “120 anos de Mário Pedrosa: um militante entre a arte e a política” começará às 16 horas e terá transmissão ao vivo pela página do Cedem no Facebook.
A “Rede Apoio Covid” lança seu novo site de amparo às famílias das vítimas da pandemia por meio de um mutirão que oferece acolhimentos e um repertório de possíveis cuidados no site: Rede Apoio Covid-19 – Acolhimento, escuta e memórias da pandemia.
O website da Rede de Apoio às Famílias e Amigos de Vítimas Fatais de Covid-19 no Brasil será lançado na próxima segunda-feira (dia 6), às 11 horas. Trata-se de uma iniciativa cidadã e independente, construída por várias organizações da sociedade civil, profissionais e demais pessoas voluntárias e solidárias às pessoas enlutadas.
Para celebrar o lançamento do Acervo Vladimir Herzog na sexta-feira (26 de junho, véspera do 83º aniversário do nascimento de Herzog), foi realizada uma live do Instituto Vladimir Herzog, com a participação de Bianca Santana, Ivo Herzog, Luis Ludmer e Rogério Sottili.
A live foi gravada e pode ser acessada no Youtube, pelo link Acervo Vladimir Herzog – vida e memória em defesa da democracia.
Com fotografias e correspondências, o acervo contabiliza mais de 1.700 itens digitalizados sobre a trajetória profissional e pessoal do jornalista. Produto de dois anos de trabalho, o projeto preenche um vão histórico, disponibilizando à sociedade também a vida e a obra de Vladimir Herzog, para além do trágico episódio de seu assassinato por agentes da ditadura militar, em outubro de 1975.