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Limpeza étnica na Palestina

Bombardeio do prédio al-Jalaa em Gaza

Dada a nova e violenta ofensiva das forças militares de Israel na Palestina, reproduzimos uma esclarecedora entrevista do historiador judeu israelense Ilan Pappé, dada ao jornalista Silio Boccanera e divulgada no Brasil pelo jornal Gazeta de Cuiabá. Embora a entrevista tenha sido publicada em 12 de janeiro de 2009, a lógica da política israelense de promover a “limpeza étnica” na Palestina, denunciada por Pappé, preserva toda a sua atualidade.

Meu amigo Alípio Freire

Tatiana Merlino

Um “revolucionário de veludo”. Foi assim que um amigo definiu Luiz Eduardo Merlino, meu tio, jornalista e militante que não pude conhecer porque foi morto em 1971, aos 23 anos, em decorrência das torturas comandadas por Carlos Alberto Brilhante Ustra durante a ditadura civil-militar. Pego emprestada a expressão “revolucionário de veludo”, no entanto, para descrever Alípio Freire, meu amigo que morreu na quinta-feira passada, 22 de abril, de covid-19.

Em defesa do Instituto Vladimir Herzog

Logotipo do Instituto Vladimir Herzog

Pela primeira vez em dez anos, o Instituto Vladimir Herzog teve seu planejamento anual rejeitado pela Secretaria de Cultura do governo federal. A rejeição, que não foi acompanhada de nenhum parecer ou justificativa legal, nega recursos para os vários projetos da entidade, uma das mais importantes na área de preservação da memória histórica e na defesa dos direitos humanos. Cemap-Interludium já assinou o manifesto de defesa do instituto e de cobrança do governo e chama organizações dos movimentos sociais, instituições e coletivos a fazerem o mesmo.

Por justiça, liberdade e terra

A história do líder camponês João Pedro Teixeira

João Pedro Teixeira

A estrutura fundiária brasileira é fruto desde 1500 da colonização da Coroa Portuguesa no Brasil. Todavia, sua consolidação se deu nos anos após a implementação da Lei de Terras, em 1850, onde o poder das oligarquias rurais reinava. Por volta deste período, percebemos a intenção dos grandes proprietários de terra que é, puramente, produzir para o capitalismo. Neste contexto vive-se uma situação delicada em que os pequenos proprietários de terra são expropriados de seu espaço; local que compreende não apenas seu sustento, mas também sua vida.

Sem forças para lutar contra as oligarquias rurais, sua única opção é tornarem-se trabalhadores daquela terra ou migrarem para a cidade em busca de outras oportunidades. Já aqueles que resistem e decidem lutar contra a estrutura agrária ainda são reprimidos com violência, como é o caso de João Pedro Teixeira, assassinado por fazendeiros em 1962 na cidade de Sapé (PB).

Rede Apoio Covid-19

A “Rede Apoio Covid” lança seu novo site de amparo às famílias das vítimas da pandemia por meio de um mutirão que oferece acolhimentos e um repertório de possíveis cuidados no site: Rede Apoio Covid-19 – Acolhimento, escuta e memórias da pandemia.

O website da Rede de Apoio às Famílias e Amigos de Vítimas Fatais de Covid-19 no Brasil será lançado na próxima segunda-feira (dia 6), às 11 horas. Trata-se de uma iniciativa cidadã e independente, construída por várias organizações da sociedade civil, profissionais e demais pessoas voluntárias e solidárias às pessoas enlutadas.

Lançamento do Acervo Vladimir Herzog

Vladimir Herzog na TV Cultura

Para celebrar o lançamento do Acervo Vladimir Herzog na sexta-feira (26 de junho, véspera do 83º aniversário do nascimento de Herzog), foi realizada uma live do Instituto Vladimir Herzog, com a participação de Bianca Santana, Ivo Herzog, Luis Ludmer e Rogério Sottili.

A live foi gravada e pode ser acessada no Youtube, pelo link Acervo Vladimir Herzog – vida e memória em defesa da democracia.

Com fotografias e correspondências, o acervo contabiliza mais de 1.700 itens digitalizados sobre a trajetória profissional e pessoal do jornalista. Produto de dois anos de trabalho, o projeto preenche um vão histórico, disponibilizando à sociedade também a vida e a obra de Vladimir Herzog, para além do trágico episódio de seu assassinato por agentes da ditadura militar, em outubro de 1975.

João Antonio Santos Abi-Eçab (1943-1968)

João Antônio era estudante de Letras na FFLCH-USP em 1967. Sua vivência política se deu logo no início da universidade. Ele participou dos movimentos estudantis, foi diretor do centro acadêmico da Filosofia e militou na ALN (Aliança Nacional Libertadora).

Em outubro de 1967, João Antônio foi detido pelo DOPS da capital paulista e indiciado por “terrorismo” por suas falas e organizações no Centro Acadêmico da Faculdade de Filosofia. Entretanto, no mesmo mês foi solto graças a um habeas corpus, direito que só fora concedido pois sua prisão ocorreu um ano antes da implementação do AI-5 (Ato Institucional nº5).