Menu fechado

Memória

Vítimas da ditadura

Como acontece hoje com Lula, a história das lutas das organizações populares contra o capital confunde-se com a história das lutas pela libertação de seus militantes jogados aos cárceres, torturados e mortos pela polícia e pela justiça submetidas aos patrões.

Vamos recuperar, neste espaço, a história de algumas lutas memoráveis travadas em defesa de nossos combatentes.

Exposição 50 anos de Contagem e Osasco

Chamada para "As greves de 68 vistas pela mídia clandestina"

Em 1968, duas greves de metalúrgicos puseram pela primeira vez em xeque a mordaça imposta pela ditadura militar. Mesmo reprimidas, as greves de Contagem e Osasco foram um marco na história do movimento operário brasileiro, ao introduzir um modelo de organização dos sindicatos pela base e defender a autonomia sindical frente ao Estado. A decretação do AI-5 provocou um longo intervalo de submissão dos sindicatos, mas não apagou suas lições; dez anos depois, elas foram a base da oposição sindical que emergiu em todo o país.

Após a vitória de Bolsonaro

Nem rir nem chorar, apenas entender

Denis Collin, La Sociale

A vitória de Bolsonaro, depois da de Trump nos EUA ou da de Rodrigo Duterte nas Filipinas, e do sucesso dos supostos partidos populistas na Europa – Lega na Itália, acensão da AfD na Alemanha, vitórias de Viktor Orban na Hungria e do PIS na Polônia, entre outras – produziu numerosas “análises” gerais na imprensa. Presenciamos o impulso triunfante dos populistas nacionalistas, a sombra negra da extrema direita que se estende sobre o mundo, e assim por diante. Essas generalizações são ao mesmo tempo desesperantes e paralisantes.

Para não esquecer

O acervo do Cemap e as lutas populares

Logotipos do boletim do Cemap

Tornarem-se senhores da memória e do esquecimento é uma das grandes preocupações das classes, dos grupos, dos indivíduos que dominaram e dominam as sociedades históricas. Os esquecimentos e os silêncios da história são reveladores desses mecanismos de manipulação da memória coletiva
(Jacques Le Goff, História e Memória)

Todo mundo já ouviu falar de amnésia, aquele distúrbio que envolve a perda parcial e total da memória. E perder a memória é uma possibilidade terrível, considerando que a nossa personalidade é fundada em nossas lembranças, naquilo que nos ocorreu da primeira infância até hoje. Ou, como diz a linguagem popular, “desde que me conheço por gente”. Perder a memória é quase sinônimo de perder a identidade; de não ser mais sujeito, e sim objeto.

Se essa possibilidade já é assustadora para um indivíduo, imagine-se para um país, um povo, uma sociedade.

USP, ecos de 1968

Jornal da USP reúne textos e vídeos sobre 1968

O Jornal da USP vem publicando desde o fim de setembro uma série de vídeos, artigos, entrevistas e depoimentos de professores e alunos que viveram as mobilizações, vicissitudes e arbitrariedades de 1968 na Universidade de São Paulo. O material, que continuará a ser enriquecido até 21 de dezembro, é um complemento ao ciclo de reflexões “USP, ecos de 1968, 50 anos depois”, mas também aborda os principais eventos políticos, culturais e sociais que tiveram lugar no Brasil e no mundo em 1968.

O silêncio ensurdecedor da ‘esquerda’ não-petista

Ou se entende o que é o PT ou não se entende nada do que está se passando. A construção de uma organização de massa é algo bem diferente do que seguir uma receita de bolo. Não se trata de colocar uma pitada a mais de leninismo ou tirar algumas gotas de luxemburguismo e ir provando o bolo até que fique bom. Trata-se do processo de luta de classes, e o que a classe operária brasileira, o povo oprimido brasileiro, conseguiu erguer é o PT. E, cá entre nós, não é pouca coisa. É o que as condições objetivas e subjetivas, a maturidade das discussões doutrinárias e programáticas e, principalmente, a realidade da luta de classes permitiram. Deu para fazer isso, não deu para fazer outra coisa.

Revolução Russa – um balanço necessário

Um dos episódios mais marcantes do século 20, a Revolução Russa foi tema de um debate promovido por Cedem e Cemap-Interludium no último dia 29.

Para o economista Vito Letizia “seria um grave erro condenar a Revolução de Outubro juntamente com o sistema que pretendeu representar a sua continuidade. Mais grave ainda, porém, é insistir em apresentar o ‘socialismo real’ como uma alternativa válida para o capitalismo”.

Considerando esse balanço absolutamente necessário para todos que se colocam numa posição anticapitalista, Vito insiste: “Tal orientação carrega consigo a responsabilidade de clarificar o processo que levou ao surgimento desse sistema a partir da Revolução de 1917. Trata-se de uma responsabilidade que os defensores do marxismo não podem evitar.”