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A democracia no Brasil em debate

Cartaz do debate "A democracia no Brasil atual"

Temos uma democracia hoje? É possível reverter o tremendo estrago que o governo Bolsonaro provocou? Quais são as perspectivas para os trabalhadores? Cemap-Interludium promoverá um debate sobre essas questões no dia 28, na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, com a participação do ex-deputado federal José Genoino e do deputado federal Paulo Teixeira, além do historiador Danilo Nakamura.

O encontro faz parte da homenagem aos 10 anos da morte de Vito Letizia, fundador do coletivo Interludium e um dos responsáveis pela criação do Centro de Estudos do Movimento Operário Mário Pedrosa (Cemap) nos anos 1980. A ideia é discutir o que acontece no país a partir das análises reunidas no livro Contradições que movem a história do Brasil e do continente americano, o primeiro da série “Diálogos com Vito Letizia”.

Mário Pedrosa ganha portal na internet

Arte do portal "Mário Pedrosa - a arte da transgressão"

Cereja do bolo do projeto “Mário Pedrosa, 120 Anos” desenvolvido por Cemap-Interludium, está no ar o portal sobre o crítico de arte e militante trotskista Mário Pedrosa.

O portal “Mário Pedrosa, a arte da transgressão” se propõe a ser um centro de referências sobre a vida, o pensamento e as lutas de Pedrosa contra o fascismo, ditaduras e autoritarismos tanto na arte como na política, que são mais atuais do que nunca nos tempos que correm. Voltado a estudantes, professores e pesquisadores de todos os níveis, o portal traz uma linha do tempo da vida de Pedrosa, artigos de estudiosos e historiadores, parte de suas cartas ao amigo e companheiro de luta Lívio Xavier e um conjunto de sete pequenos vídeos sobre os momentos mais importantes de sua história. Pode ser acessado no endereço https://mariopedrosa120.org.br/.

Incêndio no Arquivo Nacional

O prédio do Arquivo Nacional, no Rio

Foi um susto. Mais um daqueles que passamos nestes anos de desgoverno. Sábado, madrugada, os bombeiros são chamados para apagar um incêndio no Arquivo Nacional, no Rio. Desta vez não tivemos de sofrer com outra tragédia de destruição da memória do Brasil. O foco foi contido, ninguém se feriu ou morreu, o acervo documental não foi afetado, não houve danos sérios à estrutura do complexo arquitetônico.

Ufa? Não, sem ufas: este é mais um caso de negligência do governo com as instituições de cultura do país. Como no incêndio do Museu Nacional, em 2018, e o do galpão da Cinemateca Brasileira, em julho do ano passado, existe uma combinação de falta de verbas, obras estruturais a passo de tartaruga, quando existem, e gestão marcada pelo descaso e pela falta de profissionalismo.

Contra a violência de Estado, ontem e hoje

Cartaz da II Caminhada do Silêncio, 2022.

O Movimento Vozes do Silêncio e entidades de defesa dos direitos humanos chamam todas e todos a participarem da II Caminhada do Silêncio, neste 31 de março, no parque do Ibirapuera, em São Paulo. O ato marca a data do golpe militar que instaurou a ditadura no Brasil em 1964 e, como o primeiro, em 2019, lembra seus mortos e desaparecidos políticos.

Mas este ano sua pauta se abriu para protestar contra a violência de Estado hoje, desde os assassinatos de jovens negros e membros da comunidade LGTBI+ por policiais ao extermínio da população em situação de rua, o genocídio dos povos indígenas e a política de morte do governo que resultou em tantas mortes pela covid-19.

Libelu – Abaixo a ditadura estreia na TV aberta

Pixação Abaixo a ditadura

O documentário Libelu – Abaixo a ditadura, do diretor Diógenes Muniz, será exibido pela TV Cultura às 23 horas desta quinta-feira, 31 de março, para marcar a data do golpe de 1964. O filme, vencedor do 25º festival “É Tudo Verdade” em 2020, resgata a trajetória da tendência estudantil Liberdade e Luta, que surgiu em 1976 e ganhou notoriedade nos anos 1970 e 1980 ao levantar a bandeira “Abaixo a Ditadura”.

Cedem com novo Conselho Consultivo

O Conselho Consultivo do Centro de Documentação e Memória (Cedem) da Unesp está de cara nova. A partir de agora, ele passa a ser integrado por representantes das áreas da universidade que têm relação direta com a questão dos acervos. E, pela primeira vez, as entidades responsáveis pelos fundos documentais e arquivos que estão sob custódia do Cedem serão representados: nesta gestão, pela diretora-geral de Cemap-Interludium, Lúcia Pinheiro. A mudança, que já era discutida há algum tempo, amplia o caráter participativo do Conselho Consultivo e sem dúvida dará mais dinamismo a seu trabalho de colaborar na definição dos rumos e linhas de ação do Cedem.

Não à tecnologia para o apartheid!

Campanha No Tech For Apartheid

A partir de uma carta de protesto de funcionários do Google e da Amazon, mais de 40 organizações de defesa da causa palestina e dos direitos humanos lançaram a campanha No Tech For Apartheid, para que as duas empresas voltem atrás em um contrato para fornecer tecnologia em nuvem ao governo de Israel e às suas forças armadas.

Na carta aberta, os funcionários argumentam que o chamado projeto Nimbus permitirá a ampliação da vigilância sobre os palestinos e facilitará a expansão dos assentamentos israelenses ilegais na Faixa de Gaza, o que faz da Amazon e do Google cúmplices das violações dos direitos humanos dos palestinos pelo governo israelense.

Cemap-Interludium se junta à campanha e chama todas e todos a fazerem o mesmo, incluindo seu nome no abaixo-assinado que está no site No Tech For Apartheid e divulgando a campanha em suas mídias sociais – no site é possível baixar imagens e gráficos.